Quando chegamos ao final da adolescência e começamos a transição para a fase adulta, muitas vezes ficamos muito perdidos e temos que lidar com inúmeras pressões da sociedade. Prestar vestibular, escolher uma profissão, arrumar um bom emprego, ser bem sucedido financeiramente, são exemplos do tipo de pressão que um jovem adulto, geralmente, sofre. A sociedade cobra cada vez mais que sejamos perfeitos e obtenhamos sucesso em todos os âmbitos de nossa vida. Muitas vezes a pressão começa dentro de casa e não há espaço para fraquezas ou erros. Você sai do ensino médio já quase no final da sua adolescência, cheio de dúvidas e já é pressionado a escolher qual curso fazer e em qual faculdade ingressar. Não querer ou não saber que decisão tomar são situações vistas como absurdas. As pressões também ocorrem no âmbito afetivo, os jovens acabam sendo bombardeados quando o assunto é relacionamento. Quando você chega na casa dos vinte, tudo mundo espera que você já seja muito experiente em tudo. Mas, você só tem vinte anos. A mídia, a indústria cultural e a internet também são responsáveis por pressionar o jovem, impondo padrões estéticos e mostrando meninas e meninos que atingiram sucesso aos 15 anos e ganham muito dinheiro, sem mencionar que eles são a exceção da regra. Sob essas pressões, muitas vezes o lado emocional é deixado de lado. Você cresce sendo cercado de expectativas e ninguém pergunta sobre como você se sente a respeito disso. Assim, o estresse, a ansiedade, a depressão e as crises existenciais ganham um terreno perfeito para se desenvolverem, haja vista a fragilidade desse período conturbado de nossas vidas. Ninguém conta, mas errar é muito humano. E é extremamente comum errar nessa época de nossas vidas. Tomar decisões acreditando que elas são eternas é bobagem. Aos vinte anos, ninguém sabe nada. Talvez aos 30, continuem sem saber. É sempre hora de aprender, de cair, se machucar e levantar em seguida. É necessário ter cuidado para não deixar de viver o presente, pensando somente no futuro. Afinal, como diz Renato Russo, somos tão jovens. PS.: Se você quer ler mais sobre esse assunto, dá uma olhada no último post aqui do Três Reflexos, falamos sobre escolher o curso errado e a pressão por trás disso. Ana Carolina Sousa
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